1. O que é síndrome do intestino irritável?
A síndrome do intestino irritável é uma doença que acomete 10 a 15% da população mundial. É caracterizada por sintomas crônicos de dor e desconforto abdominal acompanhados por alteração do hábito intestinal. Alguns pacientes apresentam diarreia, outros intestino preso e há aqueles que alternam períodos de diarreia e intestino preso.
2. Qual a causa da síndrome do intestino irritável?
A síndrome do intestino irritável é considerada uma alteração funcional, já que não se consegue demonstrar a causa dos sintomas nos exames rotineiros. Apesar disto, algumas pesquisas mostram que pacientes com síndrome do intestino irritável podem apresentar inflamação discreta do intestino, alteração das contrações intestinais, maior percepção de estímulos abdominais, flora bacteriana intestinal alterada, entre outros.
Fatores genéticos, psicológicos e emocionais também são importantes na manifestação dos sintomas. É comum que pacientes com síndrome do intestino irritável tenham ansiedade, depressão, alteração do sono, fibromialgia e outras dores crônicas.
3. Como é feito o diagnóstico da síndrome do intestino irritável?
O diagnóstico da síndrome do intestino irritável é feito através de critérios baseados nos sintomas do paciente. O médico avalia a frequência da dor ou desconforto abdominal, o tempo de início dos sintomas, a alteração na frequência das evacuações, aspecto das fezes e se a dor muda com a evacuação. Com isto, é possível saber se o paciente tem ou não a síndrome.
Caso haja sinais de alarme como anemia, perda de peso, febre, história familiar de câncer de intestino e idade acima de 50 anos, podem ser necessários exames complementares para investigar outras doenças. Nesta situação, o médico irá solicitar exames de sangue, fezes e/ou colonoscopia, a depender do quadro do paciente.
4. Qual é o tratamento da síndrome do intestino irritável?
O tratamento da síndrome do intestino irritável é multiprofissional, e a participação ativa do paciente é muito importante. Deve-se monitorizar os sintomas e tentar perceber fatores que pioram o quadro, como alimentos e situações de estresse. Podem ser necessárias mudanças alimentares como a exclusão da lactose e outros carboidratos não absorvíveis e o aumento da ingestão de fibras. Para muitos pacientes, acompanhamento com psicólogo e/ou psiquiatra é necessário para controlar sintomas de ansiedade e depressão.
Dentre os medicamentos prescritos para a síndrome do intestino irritável, há aqueles usados para regularizar o hábito intestinal e aqueles voltados para o controle da dor. Podem ser necessários remédios para cortar a diarreia ou soltar o intestino, analgésicos, medicamentos para cólica e antidepressivos.
5. A síndrome do intestino irritável evolui para câncer ou outras complicações?
Apesar dos sintomas gerarem muito desconforto e estresse emocional, a síndrome do intestino irritável não evolui para doenças mais graves como o câncer. Apesar disto, é importante o acompanhamento com um especialista para monitorizar os sintomas e investigar outras doenças caso ocorram mudanças importantes no quadro. Ao longo do acompanhamento, menos de 5% dos pacientes com síndrome do intestino irritável terão o diagnóstico de alguma outra doença gastrintestinal.
Já publicou trabalhos em diversos congressos nacionais e internacionais, tendo sido premiado como Jovem Pesquisador no congresso europeu de Hepatologia em Barcelona em 2016, quando passou a fazer parte da Sociedade Européia para Estudo do Fígado (EASL). Foi ainda eleito em 2019 para o Comitê Diretor do Grupo de Interesse Especial em Hipertensão Portal da Associação Americana para Estudo das Doenças do Fígado (AASLD). Além disso, já publicou artigos em revistas científicas nacionais e internacionais, escreveu e revisou diversos capítulos em livros médicos e é revisor de revistas científicas internacionais na área de Hepatologia e Gastroenterologia.
Internação hospitalar é um momento muitas vezes delicado e difícil para o paciente e sua família. O Dr. Rafael Ximenes possui ampla experiência no tratamento de pacientes internados por doenças hepáticas, pancreáticas e gastrintestinais, dedicando o cuidado e a atenção necessária ao paciente e sua família.
Também faz avaliação especializada em Hepatologia e Gastroenterologia a pedido de outros médicos caso seja necessário.
A cirrose pode ser causada por diversas doenças do fígado, como aquela relacionada a ingestão de bebidas alcoólicas, hepatites virais B e C e esteatose hepática (“gordura no fígado”). Pode não levar a sintomas por vários anos, até o surgimento de complicações como olhos e pele amarelados (icterícia), acúmulo de líquido no abdome (ascite), sangramento digestivo e alterações do sono e confusão mental (encefalopatia hepática).
O atendimento do paciente com cirrose e voltado para identificar e tratar sua causa, pesquisar a presença de complicações e tomar medidas para tratá-las e preveni-las e avaliar a necessidade de transplante de fígado.
Biópsia do Fígado
Trata-se de um procedimento invasivo voltado para o diagnóstico da causa da alteração do fígado e de sua gravidade. Pode ser feito sem necessidade de internação na maioria dos casos.
A biópsia do fígado é realizada com anestesia local utilizando-se uma agulha que retira um fragmento do fígado para análise por um médico patologista.
Paracentese
Trata-se da retirada de líquido acumulado no abdome (conhecido como ascite), que na maior parte das vezes ocorre em pacientes com cirrose (embora outras doenças também possam levar a ascite). Na maioria dos casos, pode ser feito sem necessidade de internação.
A paracentese é feita com anestesia local utilizando-se uma agulha e pode ser indicada para análise do líquido (para saber sua causa e se há infecção por bactérias) e/ou alívio dos sintomas que ele pode causar, como falta de ar e dificuldade para se alimentar.
Ligadura Elástica
trata-se de um procedimento realizado através de uma endoscopia que serve para tratar veias dilatadas no esôfago (“varizes”) que aparecem por aumento da pressão da veia do fígado, na maioria das vezes em pacientes com cirrose. Seu objetivo é tratar e prevenir sangramento digestivo por ruptura dessas varizes.
Injeção de Cianoacrilato
trata-se de um procedimento realizado através de uma endoscopia que serve para tratar veias dilatadas no esôfago (“varizes”) que aparecem por aumento da pressão da veia do fígado, na maioria das vezes em pacientes com cirrose. Seu objetivo é tratar e prevenir sangramento digestivo por ruptura dessas varizes.
Também conhecida como “ultrassom endoscópico”, trata-se de um procedimento avançado que utiliza um tubo de endoscopia com um aparelho de ultrassonografia na sua ponta.
É indicada para algumas doenças do pâncreas (como pancreatite, cistos, nódulos e tumores), vesícula biliar (pesquisa de pequenas pedras chamadas “microcálculos”), vias biliares e lesões do esôfago, estômago e duodeno.
Além de ter uma imagem com alta precisão mesmo para lesões pequenas, a ecoendoscopia permite a realização de biópsia para ajudar no diagnóstico dessas lesões.