Meus exames do fígado vieram alterados – E agora?
13 de junho de 2018
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O que é biópsia hepática?

Biópsia hepática é a retirada de um pequeno fragmento do fígado para ser analisado em detalhes. Este fragmento representa cerca de 1/50.000 do tamanho total do fígado, e por isso sua retirada não traz nenhum prejuízo ao órgão. Apesar do tamanho pequeno, o fragmento obtido na biópsia traz informações valiosas para a análise do fígado.

Quais as indicações da biópsia hepática?

As principais indicações de biópsia do fígado são:
– Nódulos do fígado: a biópsia é o melhor exame para nos dar a certeza do tipo de nódulo apresentado pelo paciente. O fígado pode ter nódulos benignos que não trazem risco de câncer (hemangiomas e hiperplasia nodular focal, por exemplo), nódulos benignos com risco de transformação em câncer (adenomas, por exemplo) e nódulos que já são malignos, como cânceres que se originam no fígado ou que se iniciaram em outro órgão e atingiram o fígado. A biópsia é indicada quando os outros exames não conseguiram dar um diagnóstico preciso do tipo de nódulo apresentado pelo paciente.
– Alteração do fígado sem causa definida: há casos em que o paciente apresenta alteração de marcadores de lesão do fígado (como AST/TGO, ALT/TGP, fosfatase alcalina e gama GT) mas os exames iniciais não conseguem determinar sua causa. Nestes casos, a biópsia hepática pode ajudar a esclarecer o diagnóstico de forma mais confiável.
– Investigação da gravidade da doença do fígado: a gravidade de uma doença do fígado depende de fatores como o grau de lesão que ela gera e, principalmente, o grau de fibrose hepática (tecido de cicatriz que se forma na regeneração do fígado quando ele sofre lesão). É a progressão da fibrose hepática que leva a cirrose, e a biópsia hepática é o melhor exame para determinar o grau de fibrose.

Como é feita a biópsia hepática?

Existem mais de uma forma de realização de biópsia hepática, cada uma delas com suas vantagens e desvantagens. A principal delas é a chamada biópsia hepática percutânea (através da pele). Por este método, primeiramente é identificado por um exame de imagem (como a ultrassonografia) o local que se pretende biopsiar. É realizada então a limpeza da região e a anestesia local, precedida muitas vezes por uma sedação leve para conforto do paciente. Faz-se uma pequena incisão na pele (cerca de 0,5 a 1 cm) através da qual se introduz uma agulha até o fígado para a retirada do fragmento. É colocado um curativo no local e, após algumas horas de repouso deitado, o paciente é liberado para casa.

Existem outras formas de realização da biópsia hepática?

Além da biópsia percutânea, pode-se realizar a biópsia hepática cirúrgica (normalmente durante uma cirurgia indicada por outros motivos), biópsia transjugular (realizada por um cateterismo da veia do fígado através da veia do pescoço e pouco disponível no Brasil) e, mais recentemente, a biópsia hepática por ecoendoscopia. Esta última é feita com o paciente sedado e sem nenhum tipo de corte, através de um exame que combina endoscopia e ultrassonografia. Nela o fígado é biopsiado através do estômago ou do começo do intestino delgado (duodeno). Trata-se de um método mais moderno, que é factível e seguro quando bem indicado e realizado por médico adequadamente treinado.

Quais os riscos da biópsia hepática

Os principais riscos da biópsia hepática são:
– Dor no local da biópsia ou no ombro direito: é a principal complicação relatada, ocorrendo em cerca de 30% dos pacientes. Na maioria dos casos a dor é leve a moderada e é controlada com remédios.
– Sangramento: sangramentos graves podem acontecer em 1 a cada 500 a 1.000 biópsias (0,1 a 0,2%). Apesar de raros, quando acontecem podem levar à necessidade de transfusão de sangue, cirurgias ou outros procedimentos invasivos para o controle adequado.
– Alterações cardíacas e pulmonares pela sedação (extremamente incomuns).
– Punção de outros órgãos: apesar da proximidade do fígado com órgãos como a vesícula biliar, rim direito e pulmão, utilizando-se exames de imagem para guiar a biópsia é extremamente raro que a ela atinja algum deles.

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O Dr. Rafael Ximenes é hepatologista com experiência em procedimentos invasivos, incluindo biópsia hepática percutânea e por ecoendoscopia, esta última realizada por poucos médicos no Brasil. Utiliza apenas materiais de alto padrão para oferecer o melhor resultado possível. Preza muito pela segurança e conforto do paciente, fazendo o procedimento com a técnica mais adequada para cada caso. Agende sua avaliação!