1. Quais os sintomas do câncer de cólon?
O câncer de cólon é o terceiro tumor mais comum no mundo. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que tivemos 32.600 novos casos no Brasil em 2014. Além disso, o câncer de cólon foi responsável pela morte de mais de 14.000 brasileiros em 2011.
Infelizmente, os tumores podem não gerar sintomas na sua fase inicial, justamente quando poderíamos ter melhores resultados com o tratamento. Daí a importância de seu rastreamento. Com o avançar da doença, os principais sintomas apresentados são alteração do hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre), sangramento nas fezes (visível ou detectado através de exames), desconforto ou cólica abdominal, sensação de que o intestino não se esvaziou completamente após a evacuação e perda de peso.
2. Quem são as pessoas com maior risco de desenvolver câncer de cólon?
Os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cólon incluem a idade acima de 50 anos, história familiar de câncer de cólon, tabagismo, obesidade, sedentarismo, doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou doença de Crohn), polipose adenomatosa familiar e história pessoal de câncer ginecológico (ovário, útero ou mama).
3. É possível prevenir o aparecimento do câncer de cólon?
Existem formas de diminuir o risco de aparecimento do câncer de cólon. Uma dieta rica em frutas e verduras e pobre em gorduras saturadas, além da realização de atividade física regular, pode ajudar.
O rastreamento e retirada de lesões precursoras do câncer de cólon (pólipos intestinais) também é uma maneira eficiente de prevenção. Este rastreamento pode ser feito através da colonoscopia, exame endoscópico que examina o intestino. A retirada dos pólipos e outras lesões precursoras de câncer de cólon ou mesmo tumores iniciais pode ser feita pela própria colonoscopia, sem necessidade de cirurgia. Outro exame que pode ser utilizado para rastreamento do câncer de cólon é o exame de sangue oculto nas fezes, que é capaz de detectar sangramentos imperceptíveis provenientes do tumor.
Com a intenção de prevenir o aparecimento de câncer de cólon ou detectá-lo em uma fase precoce, várias sociedades científicas nacionais e internacionais recomendam a realização de colonoscopia e/ou pesquisa de sangue oculto nas fezes em todas as pessoas com mais de 50 anos. Além disso, em pessoas com risco aumentado (como aquelas com história familiar de câncer de cólon), a realização de colonoscopia pode ser necessária em idade ainda mais jovem.
4. O que são pólipos intestinais?
Os pólipos são lesões que se desenvolvem na mucosa do intestino através da proliferação anormal de suas células. Estas lesões se projetam para a luz do intestino e podem ser identificadas durante um exame de colonoscopia.
Os pólipos intestinais podem ser lesões precursoras de um câncer de cólon e, por isso, devem sempre ser retirados. Geralmente o desenvolvimento do câncer a partir da formação do pólipo pode demorar vários anos, dando a oportunidade para sua detecção e tratamento neste intervalo.
5. Quem já fez colonoscopia precisa repetir o exame em quanto tempo?
Pacientes que já realizaram colonoscopia devem repeti-la de acordo com o achado do exame inicial e do seu risco individual. Seguem alguns exemplos:
– Ausência de pólipos: 10 anos;
– Presença de até dois pólipos pequenos (< 1cm): 5 anos;
– Presença de mais de dois pólipos e/ou presença de pólipo de alto risco*: 3 anos.
*Pólipo > 1cm, com displasia de alto grau e/ou do tipo viloso.
Lembrando que em pessoas com risco aumentado de câncer de cólon, podem ser necessários exames em intervalos menores que os descritos acima.
Já publicou trabalhos em diversos congressos nacionais e internacionais, tendo sido premiado como Jovem Pesquisador no congresso europeu de Hepatologia em Barcelona em 2016, quando passou a fazer parte da Sociedade Européia para Estudo do Fígado (EASL). Foi ainda eleito em 2019 para o Comitê Diretor do Grupo de Interesse Especial em Hipertensão Portal da Associação Americana para Estudo das Doenças do Fígado (AASLD). Além disso, já publicou artigos em revistas científicas nacionais e internacionais, escreveu e revisou diversos capítulos em livros médicos e é revisor de revistas científicas internacionais na área de Hepatologia e Gastroenterologia.
Internação hospitalar é um momento muitas vezes delicado e difícil para o paciente e sua família. O Dr. Rafael Ximenes possui ampla experiência no tratamento de pacientes internados por doenças hepáticas, pancreáticas e gastrintestinais, dedicando o cuidado e a atenção necessária ao paciente e sua família.
Também faz avaliação especializada em Hepatologia e Gastroenterologia a pedido de outros médicos caso seja necessário.
A cirrose pode ser causada por diversas doenças do fígado, como aquela relacionada a ingestão de bebidas alcoólicas, hepatites virais B e C e esteatose hepática (“gordura no fígado”). Pode não levar a sintomas por vários anos, até o surgimento de complicações como olhos e pele amarelados (icterícia), acúmulo de líquido no abdome (ascite), sangramento digestivo e alterações do sono e confusão mental (encefalopatia hepática).
O atendimento do paciente com cirrose e voltado para identificar e tratar sua causa, pesquisar a presença de complicações e tomar medidas para tratá-las e preveni-las e avaliar a necessidade de transplante de fígado.
Biópsia do Fígado
Trata-se de um procedimento invasivo voltado para o diagnóstico da causa da alteração do fígado e de sua gravidade. Pode ser feito sem necessidade de internação na maioria dos casos.
A biópsia do fígado é realizada com anestesia local utilizando-se uma agulha que retira um fragmento do fígado para análise por um médico patologista.
Paracentese
Trata-se da retirada de líquido acumulado no abdome (conhecido como ascite), que na maior parte das vezes ocorre em pacientes com cirrose (embora outras doenças também possam levar a ascite). Na maioria dos casos, pode ser feito sem necessidade de internação.
A paracentese é feita com anestesia local utilizando-se uma agulha e pode ser indicada para análise do líquido (para saber sua causa e se há infecção por bactérias) e/ou alívio dos sintomas que ele pode causar, como falta de ar e dificuldade para se alimentar.
Ligadura Elástica
trata-se de um procedimento realizado através de uma endoscopia que serve para tratar veias dilatadas no esôfago (“varizes”) que aparecem por aumento da pressão da veia do fígado, na maioria das vezes em pacientes com cirrose. Seu objetivo é tratar e prevenir sangramento digestivo por ruptura dessas varizes.
Injeção de Cianoacrilato
trata-se de um procedimento realizado através de uma endoscopia que serve para tratar veias dilatadas no esôfago (“varizes”) que aparecem por aumento da pressão da veia do fígado, na maioria das vezes em pacientes com cirrose. Seu objetivo é tratar e prevenir sangramento digestivo por ruptura dessas varizes.
Também conhecida como “ultrassom endoscópico”, trata-se de um procedimento avançado que utiliza um tubo de endoscopia com um aparelho de ultrassonografia na sua ponta.
É indicada para algumas doenças do pâncreas (como pancreatite, cistos, nódulos e tumores), vesícula biliar (pesquisa de pequenas pedras chamadas “microcálculos”), vias biliares e lesões do esôfago, estômago e duodeno.
Além de ter uma imagem com alta precisão mesmo para lesões pequenas, a ecoendoscopia permite a realização de biópsia para ajudar no diagnóstico dessas lesões.